segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Rio Grande do Sul em luto: Morre Oswaldo de Lia Pires.

Corpo de Lia Pires é cremado em cerimônia reservada a família e amigos.


Cinzas do criminalista deverão ser jogadas no campo de polo da Hípica de Porto Alegre

Em uma cerimônia reservada a familiares e amigos, o corpo do advogado Oswaldo de Lia Pires foi cremado na tarde desta segunda-feira, em Porto Alegre, no Crematório Metropolitano São José. As cinzas do criminalista deverão ser jogadas no campo de polo da Hípica da Capital, onde ele praticava seu esporte favorito.

Lia Pires morreu no domingo, aos 92 anos, devido a complicações após uma cirurgia. Ele sofrera uma fratura de quadril ao cair no quarto de sua mansão, no bairro Higienópolis. Advogados, juristas, empresários e políticos compareceram ao velório de Lia Pires, no Crematório Metropolitano.

Os operadores do Direito lamentaram a perda do gênio dos tribunais, famoso por ganhar causas impossíveis na área criminal. Diretores da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul somaram-se às despedidas fúnebres.

QUEM FOI OSWALDO DE LIA PIRES:

— Lia Pires nasceu em Montenegro, em 26 de março 1918.

— Formou-se pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em dezembro de 1944.

— Foi professor de geografia no Colégio Júlio de Castilhos, atividade que, pelo acúmulo de serviço na advocacia, foi obrigado a suspender

— Começou a advogar pelas mãos do tio, o advogado Voltaire de Bittencourt Pires, dono de um famoso escritório na Capital.

— Casou-se com Dinah Rockett Pires, em 17 de maio de 1945, com quem teve três filhos.

— Defendeu personagens polêmicos, como o delegado Pedro Seelig, do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), absolvido da acusação de participar do seqüestro do casal de uruguaios Lilian Celiberti e Universindo Díaz, em 1978.

— Na década de 1980, evitou que o ex-prefeito de Tramandaí Elói Braz Sessim, acusado de corrupção e desvio de dinheiro público, fosse parar na cadeia.

— Em agosto de 1990, atuou como defensor do então deputado estadual Antônio Dexheimer e ajudou a absolvê-lo da acusação de ter matado o colega de bancada (PMDB) José Antônio Daudt.

Fonte: Zero Hora.

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